Comichão nos pés
Como outras vezes fizemo-nos à estrada, ansiosos por chegar, desejosos que os fracos raios de luz se fizessem fortes, e que durassem algum tempo, o suficiente, pelo menos.
Chegamos maravilhados, e como que voltando a casa, enchemos os sentidos do alimento de quem volta a casa, voltamos movidos pela saudade, e pelo reencontro, com nós próprios.
Arriscamos até trazer algo connosco, ainda que fosse um bicho inadvertidamente aprisionado na roupa, um espinho cravado na palma da mão, um salpico de lama, ou mesmo um conjunto de bytes na tentativa de capturar o que a vista não consegue partilhar com os demais.
Disto ou daquilo trouxemos cansaço, mas sobretudo trouxemos a tristeza e a melancolia de ter de vir embora, mas satisfeitos pelo que conseguimos, com o que planeamos.
Vamos por isso voltar!
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