Comichão nos pés ...
Em alguns daqueles livros que tenho o hábito de guardar, religiosamente acrescente-se, junto aos meus mapas antigos, alguns dos quais tão antigos que ainda são a preto e branco, dizia eu que encontrei num desses agregados de sapiência, de entre muitas descrições de percursos pelos intrincados meandros geresianos, de que destaco um, porque engloba uma parte do trajecto que nos propomos fazer dentro de dias...
«A estrada eleva-se em amplos lacetes a partir dos viveiros do Vidoeiro, oferecendo por vezes formosos relances panorâmicos. Ouve-se o sussurro da cascata de Colado dos Fetos. Um pouco acima está o aprazível sítio da Assureira. Belas vistas para a estância e todo o vale das Termas. Num recanto arborizado e ajardinado encontra-se uma discreta memória dedicada ao autor das Farpas. É o chamado banco de Ramalho Ortigão (projecto de Raul Lino), mandado construir pela S.P.P. em homenagem ao escritor que aí gostava de passar horas esquecidas. Mais além está a
* Pedra Bela (829 m de alt.), estranho aglomerado de penedos graníticos sobranceiro ao vale das Termas. Daí se colhe uma bela vista que abrange, a Poente, o Chão de Lamas e, a Nordeste, o perfil da Borrageira. Ao longe, para os quadrantes do sul, distingue-se o Bom Jesus do Monte, o Sameiro, a Serra da Cabreira e as Alturas do Barroso.
Prosseguindo pela carreteira florestal, até à Ponte do Arado (regato serrano nascido nos flancos da Borrageira), encontra-se, um pouco a montante, um escadório (construído pelos Serviços Florestais) que nos leva até junto de uma das mais belas cascatas da serra. É a *cascata do Arado. As águas límpidas precipitam-se em consecutivos degraus graníticos, refervendo em sucessivas taças. »
in Guia de Portugal da Fundação Calouste de Gulbenkian
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