Egiptologia moderna

Os egípcios antigos eram um povo muito interessante.
Imaginavam deuses com morfologia corporal humana mas com cabeça de falcão, chacal ou gato, entre outros (Horus, Anúbis e Bastet, respectivamente).

A principal actividade económica eram as construções megalómanas de pirâmides, esfinges e outros portentos arquitectónicos. Um arquitecto em particular, de nome Numeróbis, destacou-se pela originalidade.

O que mais me intriga, no entanto, é a forma de escrita pictórica que utilizavam. Desenhavam símbolos que representavam conceitos, com correspondência a palavras. Não percebo nada da escrita egípcia antiga, mas isso é irrelevante. Os símbolos são tão poderosos que me transmitem imediatamente ideias. E essas ideias todas convergem para uma conclusão óbvia:

Tinham sentido de humor.

Este trecho esculpido num mural do tal arquitecto Numeróbis é um bom exemplo:

Na 1ª linha temos muita malta sentada com tesão. Eram um povo libidinoso, pelos vistos.

Na 2ª linha a mensagem é mais complexa. Mais malta sentada com tesão, mas com chifres, babuínos, gatos, gajos montados em elefantes e porcos. Sem dúvida uma piada sobre cornudos.

Na 3ª linha, além de coisas sinistras como pernas cortadas e cabeças de boi (outra alusão aos cornudos e respectivas vinganças?) uma sucessão de passarada que só pode ser alguma piada sobre galináceos como metáfora do órgão sexual feminino. Exemplo: "Vou depenar-te a franga".

A 4ª linha é o descalabro. Um casal acompanhado de malta que caga e mija à frente dos outros como se nada fosse, membros do clero a contemplar a pouca-vergonha e um gajo com um porco pela trela. Nem sei o que dizer.

Chego à 5ª linha exausto com tanta parvoíce, mas tenho que destacar o último pictograma desta linha: ficamos a saber que já naquele tempo se usava bengala e cartola. Deve ser um finalista da universidade.

Este relambório todo só pode ser, portanto, um relato da queima das fitas do ano 2018 AC.

Nada muda.