Tuesday, February 11, 2020

Pegus, Guardius, Urânius, etecetra e tal...


Por sugestão de Amigos, empreendemos uma viagem até uma pequena aldeia entre a Guarda e o Sabugal, aldeia com bastantes mais predicados e casas do que habitantes (seriam 100?, não os cheguei a contar...), reflexo de um pequeno país pontilhado de exemplos iguais (até na minha aldeia mora pouca gente lá dentro...).





Encontramos Pêga coberta por um manto espesso e invernal de nevoeiro, algum frio e uma espécie de chuva que nem murrinha se lhe poderia chamar.
Viemos de charrete auto-motorizada, conduzida pelo Sr. Conde de Pêga -- o Contestável de Pêga -- um gentlemen de província como já não há nem mais se fazem por aí! Pasme-se o leitor! Prescindiu do chaufer e demais serviçais para nos cunduzir ele mesmo! Vivó luxo! Parecíamos nós verdadeiros Lurdes, perdão, Lordes!
De caminho, no meio de um sepulcral movimento de carros, e no meio desta espécie de nevoeiro impenetrável que se arrasta pelas coisas, fico com a sensação, como sempre fico aliás, que nos iremos cruzar com um vulto de um homem a cavalo, um homem de porte régio, vestido com uma armadura reluzente substâncialmente enferrujada bordejada de roupa incolor e carunchenta. Uma mão firme nas rédeas, na outra ainda mais firme que o firme, a Bandeira Pátria. Vocifera forte e grosso do alto da sua montada, a galope: rais parta o nevoeiro, onde raios estou eu afinal?
O acaso trouxe-nos mesmo a certeza desta figura ser quem é, pois outro não poderia ser! O acaso, e já agora a míopia galopante do Sr. Conde ante a quase total e absoluta ausência de visibilidade, entrou numa área de serviço a pensar que a Guarda era ali e, à passagem pelo guichet da caixa, observamos que de lá de dentro seguiu-nos o olhar atento, vítreo e petrificado, da funcionária que, ainda não refeita do susto da passagem do aludido e régio cavaleiro, a protestar com a falta de aveia e feno para o seu alazão, passam agora estes  três biltres, numa montada negra, que nem sequer páram para ir ao WC, que a seguem com o olhar enquanto acenam como quem diz adeus aos súbditos ... pensou ela: estarei na TWILIGHT ZONE?? 

De resto, chegaram a casa, reconheceram logo que o objectivo seria comerem o farnel que uma mãe extremosa  lhes encatrafiou no alforge, exageradamente convém referir, alforge esse onde foram encontrados diversas coxas de frango, seis para dizer a verdade matemática, todas elas do mesmo frango, e todas elas com perna de pau. Ficamos a matutar qual a espécie de galináceo seria ..

Dormimos bem, pouco e depressa, até à manhã do dia seguinte, dedicando a manhã a um reconhecimento estratégico da aldeia, cumprimentando os autóctones subditos do Sr. Conde, recolhendo nos alforges o pagamento do dízimo, excepto de um dos autóctones, pelo volume da dívida: vários conts de reis e três de fada, duas vacas prenhas, uma filha lerdinha e pitosga, dois cães com sarna, um fardo de palha, um alqueire de aveia, meio cento de galinhas poedeiras.

Tirando isso, foi mais ou menos assim ...


a malta e a janta

nunca houvera eu visto uma coxa de frango com perna de pau








um selfie-stick







encontramos uma cratera de meteoro!






comigo segurança acima de tudo!




Sabugal e o seu castelo altaneiro

odeio pobre!




os fantasmas da aldeia

ficamos tão assustados que tivemos de tomar um remédio para dormir

também há super-heróis na Guarda, eles por lá tem o Capitão-Frango,
ao que parece é primo direito do Capitão-Iglo

será que o homem ouve alguma coisa com aqueles arbustos a sair dos ouvidos?












o Sr. Conde

conversas nocturnas

amiguinhos noctívaros


outros amiguinhos noctívaros

Não convém esquecer


o verdadeiro computador da idade da pedra

por acaso era domingo ... fiquei sem perceber











para  adespedida, e para a limpeza do frigorífico ... tivemos de comer tudo!


no fim


no regresso
não-penso?

cenas estranhas

vai um S. Gonçalinho?



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