Comichão nos pés Mark.IV
És um pantomineiro! - disse-lhe eu, enquanto desfazia o almoço, ao que ele retroquiu etiquetando-me de estroina, algo que eu nunca fui.
Continuamos o desbaste do almoço, sentados no promontório desta soberba colina, enquanto observamos o riacho, ao fundo a serpentear pela garganta. Por entre o ruído de fundo, marcadamente silêncioso destas colinas, abafado pelo som forte do vento, pouco nos apercebemos do ruído da água lá em baixo, que na força da correnteza vai batendo contra as rochas e calhaus que lhe atravancam o caminho.
Ás tantas e ainda que ao de leve, apercebemos-nos de um ruído algo crescente de um grupo de caminhantes que sobe o rio, pelo caminho que o ladeia. Mesmo daqui se conseguia ver bem que tinham todo o ar de "city slicks", genuínos urbanóides, nada rendidos aos princípios de mente sã em corpo equivalente, visivelmente não pertenciam ali,ao contrário de nós, que pareciamos embutidos na paisagem...
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