Palavras aos magotes e em catadupa [Grupo 1]
Palavras aos magotes e em catadupa [ Grupo 1]
Das muitas coisas
que nos vamos apercebendo à medida que vamos avançando nas nossas vidas, e em
que vamos deixando para trás a puberdade dos pensamentos de jovens adultos,
lançando no ar pueris filosofias de algibeira ou de pacote de Suggus, com as
quais nunca chegamos a atingir mais do que o gajo ao lado, com os perdigotos,
lançados inadvertidamente ao ar.
O que quero com
esta confusa introdução dizer é que, nunca sabemos verdadeiramente nada seja o
que for ao ponto de podermos tecer considerações sobre o assunto. Se não
vejamos.
Não é de estranhar por isso (há outras
razões, mas foi especialmente por isso), que dei por mim um destes dias a ler
um léxico da língua portuguesa. Nada de extraordinário nisso, nem tinha nada que
me vir para aqui com gabarolices desta natureza, pois como todos sabemos ler um
dicionário é um acto tão natural como ler as páginas amarelas, ou as outras, as
cinzentas. Aliás sobre isso, sobre as cinzentas, não queria deixar passar esta
oportunidade sem referir desta forma pública e globalizante, e além do mais
queria de sobremaneira pedir desculpas, à família do Sr. Zuzarte, por ter feito
(eventualmente) mais do que dois telefonemas indecentes aqui há uns anitos. Era
jovem, inconsciente, e enfim… desculpem lá, foi sem maldade!
Mas, dizia eu algures ali atrás, dei por mim
a ler um dicionário, e deparei com um fenómeno interessante ou escabroso, de
entre muitos, que poderão ter estado na origem de uma descoberta recente, no
túmulo onde estão depositados os restos mortais do próprio Luís Vaz, tendo sido
estes encontrados revoltos, sinal quiçá
evidente, de este ter dado umas quantas voltas na tumba, quando lhe chegou ao
conhecimento, no além-túmulo, daquilo e daqueloutro extremo a que chegou a sua
ditosa Língua Portuguesa. Ou isso, ou então foi mesmo alguma coisa que eu
próprio escrevi...
Por isso pasmem também vós, belisquem-se se
for o caso, revejam-se vós próprios em alguns dos enunciados mais recônditos ou
obscenos aqui contidos, nestas que são afinal algumas das miríades de
preciosidades que encontrei e que fazem hoje em dia parte da língua tão bem
cantada pelo Poeta zarolho, e que passarei a enumerar, enquadradas em diversos
grupos consoante o caso, ou aleatoriamente caóticas, no outro caso, e que são nada
mais que palavras que já tinhamos dessabido..
Grupo 1 – Palavras tipicamente portuguesas (se estão no léxico é porque são importantes!!!!)
Azenugue, babygro, calembur, crack, bowling,
zapping, canyoning, boyfriend, bilbaíno, boysband, ecstasy, checkpoint,
concani, zás, brainstorming, africânder, edectomia, backup, comanche, background, browser, aftershave,
check-up, email, airbus, bué, chi,
buereré, chim, zumba, complot, chachachá, desporto-rei, barbecue, á-é-i-ó-ú,
bip, afegani, BASIC, afgani, bacon,
chip, comuneiro, dirham, chance, bur, baby-sitter, dlim, carptor, amsterdamês,
Arpanet, bâton, bute, con allegrezza, dobermane,
cracoviana, body-building, chantel, bipper,
credifone, assembler, docudrama, bavaroise,
cash-flow, gang, belle époque, caddie, chape, dong, benchmarking, attaché,
birmane, au ralenti, casting, best-seller, baht, au-au, doping, charivani,
cricrilar, caicai, autobus, cisjurdano, birr, codinome, auto-ónibus, downhill, beta-tester, claravelense, croissã, azerbaijano, clarke,
babby-doll, download, clear, blackout, cuamata, charter. chat, axada, check-in,
balboa, dracma, betlenita, bit, bizness, blues, cuanhama, clearing, corn flakes, congolês, dram, cuanza,
cupon, cuwaitiano, czardas, dáblio, dalasi, dealer, e desaportuguesar (esta é a
que eu percebo menos!!!).
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