Tuesday, September 25, 2007

Os nomes e as coisas


O Canudo é que é o verdadeiro culpado de isto tudo.

(Há mais de um ano) Começou de forma muito ligeira a falar dos termos, palavras e demais expressões que não são muito comuns hoje em dia, com o pretenso ardil de nos pôr a chamar néscios e ímpios uns aos outros, fazendo-nos com isso pensar que estamos a dizer uma grande coisa. Porém, mais forte que as palavras do Canudo, é o acaso da providência de me terem ocorrido algumas questiúnculas assaz perniciosas, na minha mundana lufa-lufa quotidiana que, em verdade contribuíram para o que se vai passar a seguir. Por isso devo confessar-vos que estou verdadeiramente charingado (termo do falar algarvio que quer dizer, conforme me explicaram, estar prejudicado com F grande), algo que me acontece com bastante frequência, embora não com a frequência nem com a proverbialidade que o termo deixa adivinhar e ou que até seria desejável.

Podia também encharolar-vos com uma série de bostisses, por forma a engonhar um pouco a conversa consequência da minha necessidade de desopilar e ao mesmo tempo de fustigar-vos com esta prosápia bacôca mas, como sou um bocado songa, e para além do mais me dói o gargomilo, fico-me por aqui. No entanto, sinto-me compelido a admoestar-vos com uma sucinta observância que se me deparou defronte mesmo das minhas cangalhas, certo dia que vinha de almoçar em casa da minha Santa progenitora, cousa que apenas faço à semana, quando o meu irmão mo proporciona, quero dizer, sempre que se faz deslocar para o aludido supimpa repasto no grande espada do seu chefe, ou do seu patrão. Subíamos, dizia eu, a Rua de Pinto Bessa, quando reparo do lado oposto uma carrinha comercial que gritava em letras garrafais impressas, ou se calhar desenhadas, do lado de fora da caixa fechada, sem dúvida o bom nome da empresa a que pertencia – Funilaria Magina.


Fico-me por aqui, com esta periclitante dúvida, à cerca do significado estas palavras, pois estou bastante ocupado, em elaborados pensamentos, sobre a remuneração complementar com que a minha entidade patronal costuma agraciar os seus colaboradores, à qual nós nos costumamos referir como -- A Surda.