Uma questão de voz…
Todos nós sabemos, ou apenas eu sei, que a voz
de cada um é única, e apesar das evoluções que sofre ao longo da nossa
vida, elas são tantas as pessoas como são as vozes. À laia de exemplo, e
fruto do crescimento dos rapazes, há o ganhar
”voz de homem” ao mesmo tempo que nos nasce o pelo na venta; ou o
engrossar da voz esganiçada quando um tubarão nos subtrai o saco
completo com as bolas de bilhar de bolso lá dentro. Mas há imensos
outros exemplos de vozes como a voz esganiçada, a voz rouca,
a voz de bagaço, a voz de rachar lenha, a voz gritante de algumas
pessoas surdas, a voz de mel, … e mais umas quantas que agora não me
lembro. Isto, claro para não falar nos ventríluquo capazes de tantas
vozes, ou nas muitas vozes que ouvem os esquizofrénicos
ou mesmo, as vozes das almas penadas que nos chamam do inferno ou do
purgatório ou lá de onde é...
Para quem não sabe ou nunca ouviu a expressão, dizer que alguém tem uma
voz de colhão nítido não quer dizer que se lhe vê o colhão
nitidamente assim que fala, isso é alguém que fala do colhão para fora,
quer antes dizer que uma
voz de colhão nítido é de alguém que fala grosso, de dentro, uma
voz que vem assim… de baixo, como se de uma farpa grossa daquelas que
faz vibrar nas paredes de casa do vizinho se tratasse.
Assim tipo a voz o Trolólóló, lembram-se? só que mais grossa, mais de dentro…