Sunday, November 24, 2013

Palavras aos magotes e em catadupa [Grupo 1]






Palavras aos magotes e em catadupa [ Grupo 1]





Das muitas coisas que nos vamos apercebendo à medida que vamos avançando nas nossas vidas, e em que vamos deixando para trás a puberdade dos pensamentos de jovens adultos, lançando no ar pueris filosofias de algibeira ou de pacote de Suggus, com as quais nunca chegamos a atingir mais do que o gajo ao lado, com os perdigotos, lançados inadvertidamente ao ar.
O que quero com esta confusa introdução dizer é que, nunca sabemos verdadeiramente nada seja o que for ao ponto de podermos tecer considerações sobre o assunto. Se não vejamos.
Não é de estranhar por isso (há outras razões, mas foi especialmente por isso), que dei por mim um destes dias a ler um léxico da língua portuguesa. Nada de extraordinário nisso, nem tinha nada que me vir para aqui com gabarolices desta natureza, pois como todos sabemos ler um dicionário é um acto tão natural como ler as páginas amarelas, ou as outras, as cinzentas. Aliás sobre isso, sobre as cinzentas, não queria deixar passar esta oportunidade sem referir desta forma pública e globalizante, e além do mais queria de sobremaneira pedir desculpas, à família do Sr. Zuzarte, por ter feito (eventualmente) mais do que dois telefonemas indecentes aqui há uns anitos. Era jovem, inconsciente, e enfim… desculpem lá, foi sem maldade!

Mas, dizia eu algures ali atrás, dei por mim a ler um dicionário, e deparei com um fenómeno interessante ou escabroso, de entre muitos, que poderão ter estado na origem de uma descoberta recente, no túmulo onde estão depositados os restos mortais do próprio Luís Vaz, tendo sido estes encontrados revoltos, sinal quiçá evidente, de este ter dado umas quantas voltas na tumba, quando lhe chegou ao conhecimento, no além-túmulo, daquilo e daqueloutro extremo a que chegou a sua ditosa Língua Portuguesa. Ou isso, ou então foi mesmo alguma coisa que eu próprio escrevi...
Por isso pasmem também vós, belisquem-se se for o caso, revejam-se vós próprios em alguns dos enunciados mais recônditos ou obscenos aqui contidos, nestas que são afinal algumas das miríades de preciosidades que encontrei e que fazem hoje em dia parte da língua tão bem cantada pelo Poeta zarolho, e que passarei a enumerar, enquadradas em diversos grupos consoante o caso, ou aleatoriamente caóticas, no outro caso, e que são nada mais que palavras que já tinhamos dessabido..


Grupo 1 – Palavras tipicamente portuguesas (se estão no léxico é porque são importantes!!!!)

Azenugue, babygro, calembur, crack, bowling, zapping, canyoning, boyfriend, bilbaíno, boysband, ecstasy, checkpoint, concani, zás, brainstorming, africânder, edectomia, backup,  comanche, background, browser, aftershave, check-up,  email, airbus, bué, chi, buereré, chim, zumba, complot, chachachá, desporto-rei, barbecue, á-é-i-ó-ú, bip, afegani, BASIC, afgani,  bacon, chip, comuneiro, dirham, chance, bur, baby-sitter, dlim, carptor, amsterdamês, Arpanet,  bâton, bute, con allegrezza, dobermane, cracoviana, body-building, chantel, bipper,  credifone, assembler,  docudrama, bavaroise, cash-flow, gang, belle époque, caddie, chape, dong, benchmarking, attaché, birmane, au ralenti, casting, best-seller, baht, au-au, doping, charivani, cricrilar, caicai, autobus, cisjurdano, birr, codinome, auto-ónibus, downhill, beta-tester,  claravelense, croissã, azerbaijano, clarke, babby-doll, download, clear, blackout, cuamata, charter. chat, axada, check-in, balboa, dracma, betlenita, bit, bizness, blues, cuanhama,  clearing, corn flakes, congolês, dram, cuanza, cupon, cuwaitiano, czardas, dáblio, dalasi, dealer, e desaportuguesar (esta é a que eu percebo menos!!!).





 

(to be continued)